sexta-feira, 18 de novembro de 2011

MULTICULTURALISMO




  • Como encarar a diversidade cultural existente à face do globo?


  • Há três grandes atitudes perante a diferença entre culturas, nomeadamente o etnocentrismo, o relativismo cultural e o interculturalismo.


    Comecemos pelo etnocentrismo. O etnocentrismo é a total rejeição de culturas diferentes, isto é, um etnocentrista observa a sua cultura em função da sua própria cultura, olhando para a sua cultura como uma cultura melhor, uma cultura padrão, uma cultura superior a todas as restantes. Assim sendo, o etnocentrista tenta ao máximo distanciar-se das restantes culturas e tenta não contactar com elementos de outras culturas, pois não aceita outra cultura que não a dele, não compreende aspectos culturais diferentes e fecha-se na sua própria cultura, originando algumas posturas claramente negativas como a xenofobia (ódio por estrangeiros), o racismo (ódio por outras raças ou elementos étnicos) e o chauvinismo (patriotismo acentuadíssimo).



    Num posto intermédio, surge o relativismo cultural que, sendo um movimento que se centra na tolerância em relação à divergência cultural, não promove o diálogo e o intercâmbio entre valores culturais, preferindo fechar as portas a novas culturas, ou seja, as culturas alheias são indiferentes a quem apoia esta ideologia e, apesar de as respeitar, não tenta interagir com outras culturas. Por este motivo, volta a verificar-se o racismo nos defensores do relativismo cultural, assim como o isolamento (o desinteresse entre culturas faz com que não se estabeleça contacto entre estas e o isolamento acaba por acontecer) e a estagnação (a grande vontade em manter as tradições faz com que exista uma visão estática das culturas, o que provoca a estagnação).


    Por último, e em contradição ao etnocentrismo, aparece o interculturalismo, atitude promotora da tolerância e respeito entre culturas e promotora do contacto intercultural. Os interculturalistas procuram o encontro entre culturas, o diálogo e a compreensão mútua. Acima de tudo, acham que todas as culturas são igualmente válidas e ricas, que todas as culturas merecem o respeito das demais e que todas as culturas podem viver em harmonia e defendem que o enriquecimento de uma cultura passa pela convivência com as restantes.




    Em resumo, os etnocentristas rejeitam as culturas que não sejam a sua e fecham-se na sua própria cultura, recusando a partilha de valores culturais, o que origina atitudes como o racismo, a xenofobia ou o chauvinismo; os defensores do relativismo cultural acreditam que todas as culturas são boas, mas que cada uma deve viver no seu espaço, preservá-la e não contactar com as outras; e os interculturalistas não só aceitam todas as culturas, como as colocam em pé de igualdade e favorecem a abertura cultural e a implementação do diálogo intercultural.

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